A Copa 2014 é mesmo um bom negócio?

Sediar a Copa do Mundo de 2014 é algo que vem sendo muito festejado pelos brasileiros desde o anúncio oficial pela FIFA. Já em curto prazo, esse evento trará empregos, aumentará o fluxo turístico, promoverá a revitalização de áreas urbanas e garantirá investimentos de peso ao nosso país. É, sem dúvidas, o maior evento esportivo que acontece no mundo.

Porém, é preciso avaliar se o dinheiro gasto pelo Governo Federal (que é o nosso dinheiro) pode proporcionar retorno a médio e longo prazo. De acordo com levantamentos, os EUA tiveram um aumento de 1,4% no PIB após sediar a Copa de 1994. Já a França, em 1998, experimentou um aumento de 1,3%.  Mas esse crescimento no PIB não é algo comum a todos os países que sediaram o evento. O Japão, por exemplo, teve que amargar um decréscimo de 0,3% no seu Produto Interno Bruto. E isso quer dizer que, em vez de promover o crescimento do país, a Copa de 2002 acabou empobrecendo os nipônicos. O dinheiro, que poderia ter sido investido na melhoria da qualidade de vida dos japoneses, foi gasto para bancar os luxos supérfluos (me perdoem o pleonasmo) que a Federação Internacional do Futebol exige dos países-sede. 

E falando em gastos desnecessários, neste sábado (dia 30/julho/2011) ocorrerá o sorteio das eliminatórias da Copa 2014. Esse sorteio, que será transmitido em TV aberta, teve que obedecer aos padrões exigidos pela FIFA e custará aos cofres públicos o preço simbólico de R$ 30 000 000 (isso mesmo: apenas o sorteio das eliminatórias para a Copa custará 30 MILHÕES DE REAIS e será pago por todos nós.) Por isso, não deixe de assistir. Afinal, você precisa saber o que andam fazendo com o seu dinheiro.

Raphael Jobs